Na última semana de maio, como desdobramento da discussão sobre a tipologia documental dos Archiveros de Madrid, esse blog lançou um post-motivação relativo á preponderância do documento (caracterizado diplomaticamente e por suas funções) na organização documental em contraposição à adoção de esquemas pré-definidos, pautados pelos conteúdos dos documentos. Em cinco dias houve mais de 30 comentários, que representaram um interessante debate sobre às práticas de classificação adotadas no Brasil, com um olhar crítico às determinações do Conarq. A discussão ainda trouxe à baila os procedimento adotados pelo Arquivo do Estado de São Paulo. Como estado da Federação e, portanto, vinculado à cabeça do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR), o AESP não poderia, em tese, furtar-se à resolução 14 do Conarq, ou poderia?
De qualquer modo, a discussão, a partir da classificação embasada nas espécies e tipos documentais promove um importante debate sobre as práticas adotadas no Brasil, normatizadas por um esquema temático de quase 10 anos de idade. Essa discussão é mais do que necessária para o avanço da área, porém nem sempre é aceita por parte daqueles que detém o poder de chancelar o que é e o que não é arquivisticamente válido no Brasil, independentemente do embasamento teórico e científico. Discussão sobre as posições formais do Arquivo Nacional que minam o tão necessário debate acadêmico foi realizada durante o XV Congresso Brasileiro de Arquivologia em Goiânia, em 2008. Quem tem medo do debate?
Links relacionados ao tópico:
- Acesse aqui o link para a proposta dos Archiveros de Madrid
- Acesse aqui o post-motivação (o debate dele derivado encontra-se nos comentários)
- Acesse aqui a resolução 14 do Conarq
- Acesse aqui o manual do AESP
- Acesse artigo de André Lopez, apresentado no XV CBA, publicado na Revista Ibero-americana de Ciência da Informação (RICI), que reflete a intransigência de certas posturas, que se furtam ao debate científico.
Diplomática do Além??? Confira! diploarte.blogspot.com
ResponderExcluir